Gilmar Santiago, vereador (PT) de Salvador*.
Conquistas obtidas por mobilizações e reflexões dos movimentos negros, os programas de ações afirmativas produzem mudanças consideráveis na realidade da juventude brasileira e das universidades nas quais estão implantados. A nova configuração do corpo discente dos centros de estudos e pesquisas impõe novas questões, inclusive requer adaptações das instituições às demandas diversas de estudantes egressos de distintas origens.
As pesquisas constatam que as reservas de vagas para negros e índios estão incorporadas à realidade, neste momento, de 70 universidades em todas as regiões do país. Os primeiros balanços são altamente positivos. Antes redutos de estudantes oriundos das camadas médias e altas da sociedade, as universidades públicas – e privadas, graças aos programas Fies e ProUni - recebem agora um afluxo de novos estudantes propiciando convívio em meio de maior diversidade social, étnica, econômica e cultural.