quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Legalizar o aborto: DIREITO AO NOSSO CORPO!!!

Essa hipocrisia dá hemorragia. Legalizar o aborto!!!

Dia 28 de setembro é um dia muito importante para a luta das mulheres da América Latina e do Caribe. É o Dia Latino-Americano e Caribenho pela legalização do aborto, luta que o movimento de mulheres trava há muito tempo, em defesa da autonomia das mulheres, seu direito a seu próprio corpo e sua vida.

Em muitos países, a luta pela legalização ganhou força. Recentemente, por exemplo, as mulheres foram vencedoras na Cidade do México e em Portugal, e o aborto lá agora é legalizado!
No Brasil, temos alguns avanços importantes nessa batalha. Um deles foi na II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que reafirmou o direito ao aborto em duas resoluções. Lá, aprovamos consensualmente a diretriz de que a legislação punitiva do aborto deve ser eliminada, e que o SUS (Sistema Único de Saúde) deve garantir assistência às mulheres que necessitem e optem por interromper uma gravidez.

Também aprovamos que o poder executivo deve encaminhar ao Congresso Nacional o projeto de lei com a proposta da comissão tripartite, que prevê a realização do aborto até a 12ª semana, por decisão das mulheres, e até 20 semanas se a gravidez for resultante de violência sexual.

Motivadas na luta pela legalização, mulheres da Marcha Mundial, em conjunto com outras organizações, formaram comitês em vários estados, e nesse dia 28 ocorrerão manifestações nos quatro cantos do país. A luta avança pelo Brasil, América Latina e Caribe!

Em Minas Gerais, dia 28 de setembro será o dia de lançamento do comitê estadual de luta pela legalização do aborto. Antecedem ao lançamento pafletagens, debates e participação em programas de rádio.

Em São Paulo, às 11h, mulheres de todos os cantos da cidade se reunirão na Praça Patriarca, numa ação coletiva que se estende há 4 meses: todos os dias 28, desde maio (Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher), o comitê estadual pela legalização do aborto promoveu manifestações.

Na Bahia, nos dias 6 e 7 de outubro, acontecerá o I Encontro de Mulheres Estudantes da Universidade Federal da Bahia. Serão debatidos vários temas, entre eles, a Legalização do aborto.

No Rio de Janeiro, dia 20 de setembro, houve uma plenária de formação do comitê pela legalização do aborto, e no 28, acontecerá um ato de rua na Carioca. Há possibilidade até de acontecer uma coletiva de imprensa.

Como sabemos, não somos apenas nós que nos organizamos, por isso, é necessário nos mantermos alertas e unidas. Após as mobilizações do 28 de setembro será muito importante dar outros passos na organziação e mobilização. Isso exige reunir a maior representação possível de todas as mulheres e para isso será fundamental ter um espaço nacional a partir de uma grande Plenária Nacional que reuna os diversos movimentos de mulheres e movimentos de luta pela legalização do aborto, a fim de discutirmos e planejarmos estratégias para 2008. Nossa organização e mobilização são fundamentais para conquistarmos essa vitória.




MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES

Mulheres em Movimento Mudam o Mundo!

domingo, 16 de setembro de 2007

A mulher e a política no Brasil

A mulher e a política no Brasil: UNIFEM apóia a iniciativa das deputadas da bancada feminina da Câmara e se preocupa por suas situações

O UNIFEM, Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, participou do primeiro seminário organizado pelas deputadas da bancada feminina da Câmara, A Mulher na Reforma Política, que teve como finalidade discutir a inserção feminina na reforma política. Para as deputadas, é necessário, e urgente, estabelecer mecanismos que incentivem e assegurem a participação das mulheres na política de reforma igualitária.

Esta iniciativa conta com o apoio do UNIFEM, que considera que modificar os padrões socioculturais de conduta de homens e mulheres, visando alcançar a eliminação dos preconceitos e das práticas consuetudinárias entre homens e mulheres é um requisito fundamental para a igualdade de gênero, e para uma democracia autêntica.

Considerando a situação atual das mulheres no âmbito político, mudar essas atitudes e estruturas discriminatórias, e eliminar as injustiças resultantes das desigualdades, ajudará a que a mulher participe plenamente na sociedade e realize seu potencial como ser humano.

UNIFEM

O programa do UNIFEM Incorporação das dimensões de eqüidade de gênero, racial e étnica nos programas de combate à pobreza em quatro países da América Latina, foi realizado com apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECI). Iniciado em 2006, ele tem como meta incorporar as dimensões de gênero, racial e étnica na construção das políticas públicas e na agenda das organizações que tratam das questões da pobreza. O programa tem enfoque na região latino-americana, em particular em quatro países onde as populações de negras e indígenas são consideravelmente altas e apresentam elevadas taxas de pobreza: Brasil, Bolívia, Guatemala e Paraguai.
A escolha dos países se justifica pelo seu contexto social e político. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, o que se torna mais evidente quando analisado sob uma ótica racial e étnica. No país, 48% da população é negra e desta quase 70% é considerada pobre. A Bolívia, onde 60% da população é indígena, é o país mais pobre da América do Sul, e também o que tem a maior dúvida externa. O Paraguai também é um país com grande contingente populacional indígena e 48,8% da sua população vive abaixo da linha de pobreza. É o país mais pobre do Cone Sul. A Guatemala é conhecida como um país multicultural, com quase a totalidade da população composta por mestiços e indígenas e 52,9% desta em situação de pobreza. Além disso, encontra-se em processo de reconstrução, após longo período de conflito armado.

O objetivo mais amplo do programa é a incorporação das questões de igualdade de gênero, raça e etnia nas ações de atores políticos e sociais, com vistas a contribuir para a redução da desigualdade social da região. O programa prevê quatro áreas de atuação estratégicas: primeiramente, a sistematização de conceitos, metodologias analíticas, indicadores de pobreza e lições aprendidas. A segunda buscará o fortalecimento de organizações governamentais e não-governamentais que atuam com as temáticas do Programa. A terceira área se refere à coordenação das ações entre órgãos governamentais voltados às populações negras e indígenas e aqueles relacionados à formulação de políticas públicas, planejamento e estatísticas. Finalmente, a quarta área de atuação estimulará ações conjuntas com as diversas agências das Nações Unidas e a utilização de instrumentos internacionais de promoção dos direitos humanos, como a Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial (CERD) e a Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher (CEDAW).

Outro propósito do programa é aumentar o intercâmbio entre países latino-americanos e africanos, fortalecendo a cooperação Sul-Sul nas ações de combate à pobreza a partir das dimensões de gênero, raça e etnia. Será fundamental para o desenvolvimento do programa a participação de redes feministas de mulheres negras e indígenas.

Boletim Informativo Especial da SEPPIR para a 3ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

tirei daqui: www.unifem.org.br

Ciclo de palestras - UCSal

Palestra: Direitos da população GLBTT

Participantes:

Pedro Roberto - Avessos (Coletivo de diversidade sexual da UCSal)
Dr. Dimitri Sales – Advogado, CADS e Secretário da Prefeitura de São Paulo
Franklin Santana – Presidente do Grupo Gay de Lauro de Freitas
Keila Shipson – ANTRA
Dr. Enézio de Deus -Advogado e Professor da UNEB
Alice Portugal - Deputada Federal do PcdoB
Fabiana Franco - Coordenadora de Cidadania LGBTT do DCE UCSal
Romeu Cordeiro - Coordenador Geral do CATEF UCSal

Local: Universidade Católica do Salvador - Campus da Federação, Espaço Cultural
Data: 17/09/2007
Horário: 18h30


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Exibição do Documentário: Lésbicas do Brasil
Brasil, 2005, 45min, Direção: Maria Angélica Lemos

Local: Universidade: Católica do Salvador - Campus da Federação - Sala de vídeo
Data: 21/09/2007
Horário: 18h40
Realização: DCE UCSAL - Coordenação de Cidadania LGBTT


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Palestra: Movimento Estudantil na luta pelo combate ao sexismo, racismo e homofobia

Participantes:

Fabiana Franco - Coordenadora de Cidadania LGBTT DCE UCSal
Carla Akotirene - Fórum de Juventude Negra
Geisa Cristina – Católicas Pelo Direito de Decidir
Daniele Braga - Diretora GLBTT UNE

Local: Universidade Católica do Salvador - Campus da Federação, auditório 42
Data: 21/09/2007
Horário: 18h40

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Congresso do PT aprova descriminalização do aborto

As discussões em torno da emenda "Por um Brasil de Mulheres e Homens Livres e Iguais", apresentada pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT, abriram espaço para um dos mais acalorados debates no plenário do 3º Congresso. O tema polêmico dizia respeito ao aborto.
A disputa se deu não só entre quem se revezava aos microfones, para defender seus pontos de vista, mas também entre os delegados. Por fim, o parágrafo que fazia a menção à "legalização" do aborto foi substituído, consensualmente, pela defesa da "descriminalizaçã o do aborto e da regulamentação do atendimento de todos os casos no serviço público".
A ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial deu ênfase, em seu pronunciamento, à certeza de que "nenhuma mulher neste país ou neste mundo gosta de fazer aborto. Mas nossa defesa é para que elas não morram em abortos clandestinos, não morram vítimas do descaso no sistema de saúde". E lembrou que a legalização do aborto havia sido aprovada por aproximadamente 3 mil mulheres na 2ª Conferência Nacional das Mulheres.
A deputada Iriny Lopes compartilhou a mesma defesa. "O direito de escolher não pode ser cerceado. Nosso estado é laico. Não é possível que o PT não vá compreender que aqui está expressa a vontade das mulheres", disse, em nova alusão à Conferência.
Adair Cunha, deputado federal, defendeu que o partido não deveria tomar posição sobre a polêmica. "Não podemos aprovar algo que violente aqueles que não concordam com o aborto. Não podemos impor". Vaias e aplausos se misturaram em seguida.
A mesma posição foi defendida pela delegada Ângela Guadagnin. "Um feto com três meses já tem sexo definido, impressões digitais formadas. Já é uma vida completa. Eu defendo a vida, das mulheres inclusive", disse.
Neste momento, várias delegadas, de mãos dadas, fizeram uma corrente diante da mesa que dirigia os debates. Parte do plenário bradava: "Partido, partido, é das Trabalhadoras".
Outros pontos da resolução foram aprovados com facilidade. Destaque para a defesa do controle social da mídia para garantir o respeito à imagem da mulher nos meios de comunicação e dos Planos Nacionais de políticas para as mulheres, de combate à violência contra a mulher, e da equiparação salarial e da garantia de creches para todas as trabalhadoras.

Cotas
No item relativo à organização partidária da mesma resolução, foi aprovado o estabelecimento de cota de no mínimo 30% de mulheres nas delegações aos encontros e mulheres de partido. O mesmo percentual, de acordo com o texto, valerá para a eleição das direções partidárias.

Notícia retirada do site do Partido dos Trabalhadores, clique aqui e confira!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Memória do Movimento Estudantil

(01.04.64)
Bombeiros controlam o fogo após incêndio do prédio da União Nacional dos Estudantes (UNE) promovido pela ditadura militar, em 1o de abril de 1964
Foto: O Globo
Memória do Movimento Estudantil