O setor estudantil durante o regime ditatorial brasileiro atuou como vanguarda das esquerdas, de maneira que representou a resistência durante aqueles penosos tempos, o que lhe deu um caráter de luta. Qual é o intuito dessas afirmações? Elas identificam o caráter revolucionário da classe que recrutou mais militantes para as fileiras de combate. Quem eram na época os inimigos dos estudantes? Os inimigos dos estudantes eram os mesmos do povo: os militares que golpearam o presidente eleito democraticamente e a burguesia civil que lhes deram apoio.
As décadas de 1960, 1970 foram banhadas de diversos tipos de manifestações tanto no campo político quanto cultural e, conseqüentemente, quem norteou todo turbilhão de mudanças foram os jovens, só que neste artigo trabalharemos apenas no debate político. A geração proveniente desta época debruçou-se em teorias libertárias baseadas na luta de classe e libertação imperialista. A principal inspiração veio de Cuba devido a sua revolução em 1959, ou seja, com o feito de Cuba, a libertação latino americana era possível agitando, portanto a estudantada da época.
Com o estudo do marxismo os estudantes encontraram um foco para guiar suas lutas, o operário foi reconhecido como classe revolucionária e eles, os estudantes, lutaram por essa conscientização. Tudo era divino e maravilhoso, porém era preciso estar atento e forte, a moçada não podia temer a morte e foi assim, protestos, prisões e torturas não calaram a vanguarda estudantil.
Por isso, é preciso que retomemos esse espírito, vamos honrar a nossa história não como um lapso do passado e sim como uma inspiração para o futuro, vamos acender a chama que a juventude carrega que é a chama da revolução.
Salvador, Bahia, abril de 2009
Gabriel Antonio Pereira Santos
Graduando em história pela Universidade Católica do Salvador
Militante do Partido dos Trabalhadores
Militante da Juventude da Democracia Socialista
Militante da Kizomba
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